Do You Believe In Miracles? [ FINALIZADA ]

O céu vermelho era certamente a coisa mais amedrontadora de tudo aquilo... Era tingido como sangue, amedrontador e perturbador... principalmente perturbador. O mundo não era mais o mesmo desde que ela tinha acordado, as florestas verdejantes se tornaram mortas, o céu azul se tornou vermelho vivo, nenhum sinal do sol durante todas as horas do dia, apenas nuvens cinzentas e vermelhas impedindo a passagem de qualquer luz, a terra se tornou tão morta quanto as florestas, a água transparente agora era negra... Era literalmente o inferno na terra. E ainda por cima o inverno se aproximava, a neve já começava a cair de pouco em pouco e o ar frio era simplesmente irritante.

Aemy se viu em uma ilha, um castelo na sua frente era tão grande que impedia a vista do sol, fazendo uma sombra tão larga quanto a de uma montanha, a imagem se desfez e agora estava no vilarejo que cresceu mais uma vez, barulhos, escuridão, luz, uma mistura de sensações invadiu a mente da garota.

Despertou com o restolhar de folhas, tinha adormecido mais uma vez. O corpo da garota tinha estado cansado ultimamente, e não era somente pelo frio que cortava entre as vestes, sentia como se perdesse horas do dia, como se houvesse uma parte faltando, geralmente acordava no mesmo lugar mas por vezes acordou em locais distantes, cada vez mais perdida em um local diferente... Era confuso. Certa vez acordou em um pântano, outra perto de um rio e agora estava em uma floresta. E ah que floresta! Aquela era a mais viva que vira desde que saiu do vilarejo, não era nada belo ou próximo disso, pelo contrário, era terrível... Mas Aemy sabia que terrível era o mais bonito que veria pelo resto da vida.

O ambiente tinha uma cor misturada de branco da neve que caia com suavidade com o carmesim do céu, árvores grandes se espalhavam infinitamente fazendo com que fosse basicamente impossível ver a saída daquele lugar, mas devia ter uma... Tinha que ter uma. A terra do chão fazia grandes elevações e formas tortuosas que tornavam uma caminhada algo trabalhoso e cansativo, principalmente quando chegava a um local com neve o suficiente para fazê-la afundar ao pisar e congelar as pernas da garota, mas não era impossível de andar por ali. A parte boa daquilo era que ela podia ver algumas maçãs e tomateiros em volta de onde estava, aquele era o primeiro sinal de vida (não-hostil) que via desde um bom tempo, mas certamente não era a única coisa viva ali. Olhos vermelhos espreitavam por entre as árvores e arbustos, não apenas um mas vários e todos eles eram amedrontadores, se contasse chegaria a provavelmente quatorze ou quinze, notou mais uma coisa estranha: Nenhum deles se atrevia a avançar ou sequer se mover, eles pareciam... Com medo?

Aemy reconheceu um som distante, o som de um rio correndo, o som de gelo se partindo. Caso resolvesse ver o que tinha naquele lado encontraria o que um dia já foi um tipo de porto, na ponta de um rio que corria através da floresta três barcos, frios, congelados e pesados, precisaria de um grande esforço para tirar eles do lugar, mas talvez conseguisse... Teria de decidir qual opção parecia menos idiota: Caminhar no meio da floresta ou ir pelo rio quase-congelado.

---

Teve de fazer um esforço a mais para que o barco desencalhasse de onde estava e caísse na água completamente, Aemy quase se desequilibrou no ato mas no final ficou bem. Uma vez dentro do barco notou que não havia nada de realmente útil a não ser a lamparina a qual poderia acender mais tarde se conseguisse fazer fogo, o resto dos objetos se limitavam a ferramentas que tinha certeza de que não usaria, então as lançou na água.. Cada item mais frio do que o outro, como se estivessem ali a centenas de anos, e talvez realmente estivessem.

Quando tudo que era inútil fora retirado do barco ela prosseguiu. Remar fazia com que os braços dela doessem levemente de cansaço, mas não a impediu de continuar. Quando finalmente chegou a um ponto em que a correnteza a levou sozinha ela conseguiu descansar.

Deu sorte algumas vezes de não bater em uma árvore ou pedra que impedissem que ela continuasse, o rio a levou floresta adentro, era um caminho quase totalmente reto ( algo que facilitava a vida dela naquele momento ), o balançar do barco era constante tão constante que chegou um momento em que simplesmente se acostumou, em geral não viu nada de novo, apenas mais do mesmo: Árvores mortas, meio mortas e quase nenhum sinal de vida exceto aqueles olhos vermelhos que apareciam cada vez com menos frequência.

Em meio a suas distrações Aemy notou algo estranho: Um papél meio enrolado como um pergaminho no chão do barco, estava meio molhado mas não estava tão danificado. Aparentemente ele tinha saído do bolso da garota. Caso o pegasse para abrir notaria que ele era totalmente azul, com escrituras em dourado em alguma língua que ela não fazia ideia de qual era. O barco estava descendo rio abaixo com calma, até aquele momento. O Rio começou a se inclinar, fazendo com que ela ganhasse mais velocidade, de inicio não era tão preocupante mas conforme avançava o barco ficava mais rápido... Foi aí que Aemy notou a mão agarrada à madeira, ela vinha da água e segurava a parte da frente, eram escamosas e certamente não era nada humano, a outra mão veio em seguida, e uma terceira... O que quer que fosse não parecia conseguir subir no barco, mas ainda sim, parecia querer fazê-lo afundar.

O barco pareceu querer afundar, como se a mão o puxasse para baixo e talvez realmente estivesse o fazendo. Por sorte o vidro da Lamparina era resistente o suficiente para não quebrar com algumas batidas. O ser que estava agarrado na madeira pareceu se incomodar com aquilo o atacando, então largou fazendo com que o barco balançasse mais uma vez.

O transporte da garota correu com leveza sobre as águas, mantendo a velocidade constante. Mais a frente uma curva, e depois dela três grandes pedras impediam a passagem de qualquer coisa a não ser a água que corria entre elas, por sorte ( ou não ) o barco saiu do rio com força quando foi de encontro com a curva, o impacto da madeira batendo repentinamente contra a terra quase fez com que Aemy fosse lançada ao chão do barco.

Mais uma vez as mãos surgiram da água, escamosas e horripilantes. Elas tentaram alcançar Aemy ou até mesmo o barco mas não conseguiam se distanciar muito mais da água e pareceram optar por se manter nela. Pelo menos tinha se livrado do que quer que aquilo fosse. O clima da floresta por mais frio que ainda fosse havia esquentado um pouco, a neve não alcançava aquela parte e isso era algo bom, apesar do clima cinzento ainda persistir. A mata ali era tão morta quanto em qualquer outra parte, nada de novo... A não ser o casarão ali.

Uma estrutura tão antiga que a floresta havia crescido entre ela, raízes entrando em buracos e saindo por janelas, e era certamente amedrontadora... O local aparentava ter três andares do lado de fora, a madeira da porta fedia de velhice e qualquer chute nela provavelmente a partiria em duas.

Aemy viu algo estranho acontecer um tempo depois. Um homem alto entrou na casa lentamente. Ele tinha uma cartola sobre a cabeça, carregava uma bengala e vestia-se todo de preto, algum tipo de roupa estranha. Ela não conseguiu ver o rosto já que a visão que teve dele havia sido de costas... Mas ela podia muito bem ignorar a casa e sair andando pela floresta, se quisesse.

---

Com roupa estranha eu quis dizer terno, que nessa época devia ser estranho. E... ( Clicka aqui pra ver a imagem da casa )

A neve em volta da casa diminuia lentamente, mas diminuia, e isso já era algo... Se o território dali pra frente continuasse a esfriar em algums dias a neve já poderia parar de se acumular e os dias esquentarem. Mas era um grande SE. Aemy realmente não sentia a presença de ninguém por ali, e parecia ser seguro. Olhando através da primeira janela Aemy viu apenas uma sala, nada demais. Uma mesa com cadeiras, e alguns armários, era tudo meio escuro e ruim de ver, mas os olhos se acostumaram rapidamente... E notou que a janela era móvel, poderia se mover por ela caso fosse sua vontade. Esse cômodo era ligado a uma porta, sabe deus lá onde ela poderia dar.

Circulando a casa viu outra janela, o vidro estava empoeirado demais pelo lado de dentro para ver algo por ele, esse também era móvel, caso quisesse se arriscar por ali, também poderia. A terceira janela da casa dava visão perfeita de um quarto repleto de items: Uma mochila e alguns sacos com algo que ela não conseguia saber do que eram, viu também o metal de espadas e um pequeno arco e flecha, armas em geral.

E a última janela. Encontrou novamente o homem, de costas, ele olhava fixamente para um espelho - Tudo está como planejado - Disse para si mesmo e estalou os dedos, caminhou até a mesa e observou alguns papeis azuis, então os deixou lá em cima, e se retirou do quarto. Havia um espelho preso na parede, aquele que o homem tinha fixado sua visão alguns momentos atrás. Aemy entendeu o por que logo depois, não era um espelho comum. De repente o espelho pareceu se tornar uma janela. E do outro lado estavam cinco pessoas, na sequencia: Um homem vestido inteiramente de branco, e em cima de sua cabeça flutuava um símbolo semelhante a um A.

Um garoto loiro de cabelos médios, ele brincava com algumas cartas... O nome era Joker, sabia disso por que as letras se mantiam no ar sem se mover. O terceiro era um garoto de provavel quinze anos, o mais jovem do grupo. Cabelos curtos e loiros, um dos olhos estava cortado, com uma cicatriz sobre ele. Ele vestia roupas estranhas cobertas por um manto negro, com duas medalhas presas sobre ele, e um caxecol... E o mais estranho não eram as roupas do garoto, mas os nomes flutuantes sobre ele: Thomas, Raphael, Castiel, Argo, Ezequiel. Todos eles em uma só pessoa. O homem a seguir era duas vezes maior que o pequeno comandante, parecia um armário. Forte e coberto por um sobretudo negro, tinha uma expressão séria, ele emanava uma energia esverdeada e o nome sobre ele era... Não tinha um nome, era um número. IV

Myra era o nome da última garota, ela trajava a cor roxa em excesso, tinha cabelos lisos e longos. Carregava um escudo e uma espada, ambos da mesma cor que as roupas e cabelo: Purpura. Aemy tinha apenas que decidir o que iria fazer: Entrar na casa ( por qual entrada ) ou sair andando.

---

Eu fiz um desenho pra esse post, mas ficou tão bosta que mudei de ideia, depois edito e coloco ai. D: ( Versão Bostosa )

A pequena janela  ( Mas grande o suficiente para que Aemy passasse por ela ) quase não fez barulho quando movida para dentro, e apesar da dor nos braços e o esforço que a garota teve para entrar, parecia ter valido a pena. O ar quente e aconchegante a alcançou rapidamente, o frio havia ficado do lado de fora apesar do corpo continuar gelado. O homem havia saído da sala do espelho e andado na direção da sala dos equipamentos, então se quisesse achar o saco de dormir, teria de tirá-lo de lá com alguma distração, ou esperar que saísse daquele cômodo. Por outro lado, a sala do espelho estava livre e o que quer que fosse aquilo estava mais próximo e podia observá-lo com mais clareza agora. Era um pouco grande e retangular, letras o circulavam, tão estranhas e semelhantes quanto as que estavam no papel que tinha encontrado no barco, ao observar os olhos ficaram ruins, não conseguia ler direito e tudo parecia um borrão, as letras começaram a saltar mas tudo voltou ao normal em alguns segundos, algo momentâneo.

Na mesa próxima a ela encontrou mais papéis azuis com letras brilhantes e douradas, um instinto dizia que devia pegá-las mesmo que não as conseguisse ler, poderia no entanto, ignorar o instinto e deixa-las lá. O quarto era escuro, as luzes que o iluminavam vinham do lado de fora da casa, mas não era um dia claro, apesar da neve. Voltando para o quadro/espelho viu a imagem mudar mais uma vez, duas das pessoas haviam sumido e agora somente cinco continuavam lá. As que sumiram haviam se tornado borrões, e eventualmente um terceiro borrão se adicionou a imagem.


E como se não bastasse, mais uma vez o estranho: A imagem estava se desfazendo, pouco a pouco e virando... Água? Mas o líquido não se derramou para fora, ao invés de escorrer pela parede ele continuou correndo como uma cachoeira para baixo infinitamente, como se pudesse ser atravessado, como se tivesse um outro lado, e ainda sim, sem emitir qualquer som. Notou que o quarto tinha grandes portas abertas, que davam para dois caminhos: O primeiro era um longo corredor, e o segundo era uma escadaria que a levava para o segundo andar da casa... Aemy ouviu os passos do homem se aproximando, e então se afastando, ele estava... Andando em círculos?.

---

O som dos passos era quase inexistente, e no entanto o medo era tanto que qualquer cuidado era pouco demais, um passo após o outro, com calma. O segundo andar era nada menos que um longo corredor escuro, a direita de Aemy havia uma porta ligada um quarto pequeno, por sorte ela acabou achando o que tanto procurava. Era um saco de dormir jogado de canto no quarto, um local onde várias teias se teciam pela porta, teria que passar por algumas delas se quisesse entrar lá. Havia uma janela no quarto que lançava uma lúgubre luz contra o corredor, a pouca que tinha na verdade.

A garota não era capaz de observar o que existia mais a frente, talvez houvesse algo para lá da escuridão, ou talvez o corredor se acabasse ali, sendo apenas um beco sem saída... Foi aí que Aemy ouviu seu passo apertar contra a madeira abaixo de si, e a madeira rangeu levemente, o som era quase mínimo mas para um local onde não existia qualquer outro som podia ser perigoso.

Os olhos dela se adaptaram a escuridão alguns segundos depois e ela viu algo se mover nas sombras, na escuridão mais a frente. Não sabia dizer o que, mas podia jurar que havia algo lá... Ou seria imaginação? Aemy ouviu algo estalar várias vezes, um som bizarro e medonho, então o barulho de algo batendo levemente contra o chão, um arranhar. Novamente algo se moveu na escuridão.

“ Track... Track. “ O som da porta sendo trancada era quase mínimo, mas naquele momento pareceu alto o suficiente para acordar um gigante. O saco de dormir teve de ser enrrolado para que pudesse leva-lo, e a única saída daquele quarto era a porta pela qual tinha vindo anteriormente, ou a janela sem vidro do quarto.  Olhando por ali a altura parecia ser considerável, mas por outro lado havia uma grande quantidade de folhas no chão que poderiam aliviar a queda. Aemy ouviu os passos do lado de fora e de repente a maçaneta da porta estava tentando ser girada, a porta atrás de si estava tentando ser aberta.

O som seguinte foi um baque surdo, como se alguém tentasse derrubar a porta. E de repente a madeira se estilhaçou, uma lâmina atravessou a porta, recuou e a atravessou de novo tentando despedaça-la, abrir caminho. Aemy pode ver o ser que fazia isso através do buraco na porta. Tinha a forma humana, pele enegrecida e usava um elmo com o desenho de uma caveira. Era alto e esguio, e trajava armadura... Poderia tentar esperar ele entrar e sair por onde veio ou pular a janela. Notou também que suas mãos começaram a brilhar, e uma voz penetrou sua mente suavemente - Não... tenha... medo - Era uma voz suave e que transmitia calma, e de alguma forma Aemy não sentia mais tanto medo... Sentia a energia que fluia por seu corpo até suas mãos, sentia algo que nunca tivera antes mas que reconheceu. Era poder.

---

Spoiler:

Por algum motivo Biki não respondeu. Mas ela não precisava da resposta do ursinho para saber o que fazer, a mão da garota se ergueu e brilhou ainda mais forte, canalizando algum tipo de energia na palma, uma esfera de luz se formou, e conforme ela segurava o poder mais forte ele parecia ficar, a esfera aumentava cada vez mais e de certa forma, sugava a energia a volta dela, sugava a magia no ar. Naquela altura o ser esquelético havia entrado no quarto quebrando a porta em vários pedaços, e a magia se soltou automaticamente da mão de Aemy.


O impacto ocorreu de modo nada silencioso, a energia descarregou devastando tudo que havia a frente, um flash de luz cegou Aemy por alguns segundos, quando a visão voltou ao normal, todo o andar de cima exceto aquele quarto que estava tinha sumido, e não havia sinal do homem misterioso. Mas ela soube que algo pior viria. Ela conseguiu ver centenas de criaturas virem da floresta, todos os tipos de demônios e seres avançavam incansavelmente naquela direção, como se tivessem sido atraídos por algo, um exército diabólico que vinha de todos os lados ao mesmo tempo.

Os seres que conseguiam escalavam a parede, outros passavam por cima dos próprios e os mais incapazes procuravam alguma maneira de chegar vindo de dentro da casa, por sorte a metade da escada também havia despedaçado na destruição... Na verdade toda a casa estava caindo, tremores e paredes se desfazendo, o andar de cima estava caindo primeiro – Vá para o espelho – A voz veio mais uma vez, e ela tinha que agir rapidamente, as paredes começaram a desabar e se não corresse a casa iria ser reduzida ao nada com ela dentro. Só havia um problema: A escada estava pela metade, mas Aemy sentiu que podia conseguir, e ela viu suas pernas brilharem por alguns segundos ganhando velocidade e a leveza em seu corpo, algum tipo de energia passou a vazar pelas costas dela.

Aemy saltou pelos escombros para chegar mais rápido, e as asas em suas costas se abriram, asas de luz que fizeram com que ela voasse através da destruição e demônios que falhavam em alcança-la, pura energia emanava da pequena garota que em menos de segundos chegou ao quarto do espelho, e ele continuava lá... Intacto. A fina água que a refletia calmamente, a atraia de alguma forma para dentro. A pequena loira ouviu palmas atrás de si em quanto o mundo desabava, e lá estava ele.

O homem misterioso, acenando e piscando para a garota como se não houvesse nada de anormal acontecendo, e quando observou os olhos dele Aemy viu o mundo pegando fogo, morte por todo os lados, destruição, sangue e vazio... Ela se sentia vazia. Não havia nada dentro dela. Não havia alma, não havia vida. Por um momento ela soube que estava morta... A alma estava parada em um mundo destruído, caótico. E apesar de tudo isso havia um homem ao lado dela, brilhante e reluzente – Ainda não é hora – Ele disse com a voz amigável. Então o misterioso mais uma vez apareceu, a frente de Aemy – Parece que se safou dessa vez, não é garotinha? – E o mundo voltou a existir.
– VENHA! – A voz veio do além. E o espelho a sugou com força, e a consciência se foi.


Quando acordou estava no chão. O local era algum tipo de cômodo muito convidativo, com luzes azuis e uma grande mesa principal. E havia um leão próximo a ela. – Sei que devem haver muitas dúvidas em seu coração – O leão falava. Simples assim, a voz era uma mistura de rugido e fala, talvez aquilo não fosse tão estranho para uma criança. – Mas eu te garanto que tudo será explicado em seu devido tempo... Meu nome é Alsdram – Ele se abaixou – Suba, temos trabalho a fazer – Era o maior ser que ela já havia visto, o leão era enorme. Havia um vórtice ao lado do leão, e assim que a garota o montou ele caminhou pelo vórtice, e mais uma vez o cenário alterou. Estavam dentro de um túnel de luz, Alsdram apertou o passo e correu através dele. – Você é a única salvação deles.

FIM DE " Do You Believe in Miracles? "